yogaterapia com amor.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009


Belo texto que recebi de uma amiga inesquecível...


A Vida Simples Tam Huyen Van – 14 de Março, 2007

Nos últimos tempos tenho pensado muito em como seria maravilhoso adquirir o mérito de viver simplesmente, em algum lugar aberto, pleno em verde e azul, abrigado das loucuras do mundo. Notem bem, não afirmo que desejo viver isolado do mundo, mas sim um dia viver livre destes vícios cotidianos que minam tanto nossa saúde física e mental. Este anseio não é novo para mim, já faz parte de minha vida há muito tempo. Mas ultimamente ele tem retornado com pinceladas mais fortes de sonhos e emoções. Talvez, justamente devido à complexidade do mundo moderno, suas exigências tão grandes, o ideal de vida simples esteja me assaltando mais fortemente como que para compensar a frustração das rotinas mecânicas, a fragilidade das idéias superficiais, o medo dos fracassos profissionais e afetivos que eu, assim como tantos de nós, vivencio todos os dias.

Imagino o bem que seria poder conversar com as pessoas sem pressa, sabendo harmonizar em minha voz as palavras e os silêncios tão necessários para dar aos nossos discursos a sabedoria das belas afirmações. Viver sob a égide do equilíbrio, e assumir o próprio tempo sem a tensão dos compromissos formais. Olhar os céus, conversar com estrelas. Saber caminhar nas ruas sem ter que desviar das pessoas frenéticas (eu mesmo deixar para trás este frenesi moderno, esta concepção de que apenas através das futilidades é que poderemos atingir a realização), e principalmente acordar de manhã e descobrir, em meu coração, uma paz insuspeita e plena. Eu exercito uma bela prática espiritual em minha vida, todos os dias, e já consegui viver maravilhosas experiências de equilíbrio e sabedoria. Cresci muito como ser humano, mas sei que ainda estou longe de cruzar completamente o implacável rio das insatisfações humanas, atingindo a outra margem da existênc ia.

A vida simples. Onde ela está? Em qual esquina, em que país, qual será a direção que nos conduziria a ela? Mais do que isso: aonde, em meu ser, habitará o mérito maior de saber-me livre das dúvidas e incertezas, e que me permitirá reconhecer a simplicidade da vida através de minhas próprias ações diante do mundo? Pois, afinal, a complexidade somos nós mesmos que criamos. Ela faz-se inerente à inquietude do espírito humano. Não, nem mesmo isso; para ser mais justo, ela pertence à inquietude da faceta egoísta e diferenciadora da mente humana.

Houve um tempo em que eu imaginava ser a vida simples um ato de despojamento material, um abandono das vaidades e apegos, uma opção por menos responsabilidades e compromissos. Mas aos poucos, percebi que a simplicidade – ela mesma – vicejava em algo muito mais simples: ela habita o âmago de nossas escolhas, nossas opções, diante dos atos. De fato, a vida simples independe das vicissitudes do mundo neurótico em que vivemos. Independe se somos varredores de rua ou presidentes de megacorporações financeiras; ela depende de nossas escolhas. Pois, em função destas – e apenas devido a isso – corremos o risco de ser varredores de rua mesquinhos ou presidentes inescrupulosos.
Oh, sim. É claro que os nossos vícios de hábito têm um papel extremo no modo como escolhemos e agimos. E é evidente que tais vícios determinam boa parte de nossa busca por uma verdadeira qualidade de vida. Contudo, justamente por isso é preciso apreender melhor o sentid o de nossas escolhas, depurá-las e curar nossa alma das decisões ignorantes. Mas, quando chego a este ponto, começo a me questionar: já não estou novamente complicando demais?

O fato é que sabemos pouco sobre escolhas conscientes. Mas sabemos muito sobre desejos e sensações, e vivemos mergulhados no ritmo das escolhas relativas. Pois, saibam todos de uma verdade inalienável: a vida, sob todos os aspectos, é pura sensação. Cada aspecto das nossas experiências existenciais se fundamenta nas sensações, esse manancial de estímulos que constrói todo o nosso universo pessoal de experiências, e que forja caracteres e personalidades. Observe, perceba: a sua vida existe por força das sensações. Você olha, cheira, toca, ouve, experimenta. São estas a portas pelas quais a vida penetra em sua mente e coração. Não existem outras portas além destas, no que diz respeito à concretude do mundo. Todo o tempo, sentimos. E essa sensualidade determina nossas elaborações mentais, criando condições para que desejos, ambições ou conceitos determinem o grau de complexidade em nossas vidas.

Eis porque todos os seres, invariavelmente, são caçadores de sensações. Pense bem: o quê lhe estimula a buscar mais vida, mais ganhos, mais sucesso? É o prazer, as sensações inebriantes de orgulho, sucesso, poder, beleza, gozo diante da vida. Sim, muitas vezes traduzimos tudo isso como "felicidade", mas não é bem assim. O usufruto das sensações, por mais prazerosas que possam ser, está diretamente proporcional ao modo como escolhemos experimentá-las e não ao modo mais saudável de vivê-las. E isso, apesar de nossas expectativas, não têm a ver com a felicidade, mas – e mais uma vez – com nossas escolhas. Em outras palavras, ao contrário de realizar a felicidade, nós realmente desejamos experimentar e usufruir das melhores sensações. Esse erro de interpretação vem a ser o mais fundamental aspecto da ilusão (maya, em sânscrito) na existência, e que determina todo o complexo de insatisfação (duh:kha) e ignorância (trishna) que se mesc lam aos momentos de êxtase e alegria em nossas vidas.

Mas, então, em quê momento a felicidade se traduz na vida simples, se também neste caso o prazer de "simplesmente ser" faz parte do inescapável limite das sensações? A certeza para responder a esta pergunta ainda me escapa, mas já adquiri suficiente maturidade para desconfiar que a resposta está no equilíbrio entre aquilo que sentimos e o modo como escolhemos senti-lo. Tudo tem a ver com a forma que nossa consciência é estimulada e desenvolvida em nosso ser. Apesar das perdas e tristezas, a despeito dos fracassos e desânimos, todas as nossas experiências emocionais serão sempre derivadas da maneira como faremos amadurecer, em nós, as nossas expectativas e nossa determinação para viver realmente com coerência e sabedoria.

Assim, vivemos um mundo de sensações. Entretanto, não sabemos que a maior fonte de bem-estar e felicidade está na valorização consciente das mais simples sensações, e não daquelas mais elaboradas. A vida simples apresenta-se como uma opção para a futilidade do mundo, além das modas e manias, muito além da crueldade humana. Ela pertence à ação de correta escolha entre o consumo egoísta dos prazeres ou a vivência fluida (natural) das descobertas e aprendizagens cotidianas. Mas o consumo, o usufruto desenfreado dos aspectos mais intensos da vida, é muito sedutor para ser desprezado. Para muitos de nós, a realização passa pela elaboração e o uso constante de tudo o que se apresenta à nós como prazeroso ou estimulante. As bases para tantos sofrimentos pessoais e coletivos estão nos conceitos de consumo, na forma como a sociedade humana moderna entende o ideal de realização e sucesso – poucas são as pessoas que enxergam a realização em suas vidas como algo diverso das experiências sensoriais imediatas, tremendamente excitantes, e definitivamente complexas de poder, beleza, fama, conquista social.

Observo os erros e acertos em minha própria vida, e procuro neles o elemento essencial da felicidade. Ao procurar esta essência tão ansiosamente, tento ao mesmo tempo alcançar aquela simples vida, aquele despojado e fácil ideal de viver livre e em paz comigo mesmo. Creio firmemente existir uma saída para a angústia e a miséria da alma humana, as quais contribuem para que tantos de nós (senão todos nós) passem pela existência completamente iludidos pelas mais variadas formas de paixões, apegos, vícios e loucuras. Considero que há como superar a premente necessidade de viver sob o peso das responsabilidades materiais, o medo da solidão, a preocupação com as contas, a valorização exagerada dos relatórios de trabalho ou a ascensão na empresa. Mais ainda, penso que existe um meio de se viver feliz, simplesmente.

Uma casa simples e iluminada, pessoas tranqüilas com quem passar o dia, flores na janela e o cheiro de vida perfumando o ar. Quantos de nós sonham com isso? Muitos, com certeza. Entretanto, eu ouso dizer que a maioria dos que sonham com a paz de uma vida materialmente simples dificilmente agüentaria viver neste ambiente silencioso e despreocupado por mais de um ano, talvez dois. Existe uma inquietude em nossas almas, e até mesmo os mais afinados com o ideal de bem-estar sofrem com a insatisfação e o anseio pela excitação do mundo. Mas, será isso um erro, talvez uma "heresia" contra a naturalidade? Não creio que seja assim. Eu apenas acho que nos falta a idéia correta sobre o quê realmente é a vida simples, e o quanto esta simplicidade nos advêm não através de viver – obrigatoriamente – em uma casa sem televisão ou luz elétrica, ou em meio a um bosque rico em flores e frutos, mas sim de se viver sabendo escolher com consciência e maturidade. A vida simples se manifestará em nossas existências se e tão somente quando soubermos entender as nossas escolhas de forma realmente profunda, sábia e sem conflitos. É a mente, meus amigos, que abriga a chave de nossa felicidade. E é a mente (por "mente" quero dizer a percepção aliada à sensibilidade) que pode nos conduzir à compreensão suave e simples das circunstâncias que regem o nosso cotidiano.

Também eu gostaria de um dia viver em uma casa simples, com um jardim verdejante e fresco, e passar os dias ouvindo o riso límpido de minha pequena filha. Também eu sonho com rostos amigos e um mundo sem fronteiras ou diferenças. Mas sei muito bem que o mais valioso dom da simplicidade habita o meu coração, e será através de minhas próprias superações pessoais que ele será realizado.

E então, caminho nas calçadas, entre o frenético ir e vir das pessoas, esforçando-me para enxergar sempre o melhor do mundo. Enfrento as difíceis exigências de trabalho, lido com minhas perdas, ganhos ou frustrações esperando descobrir, a cada situação, a sabedoria de viver corajosamente – mas sem conflitos. É um embate de toda uma vida entre a luz da sabedoria e as trevas da ignorância, mas não considero uma guerra; não, não é uma guerra porque não há nenhum inimigo para destruir, nenhuma riqueza para conquistar, nenhum território para ambicionar. Apenas, diante das necessidades e loucuras do mundo, estamos todos enfrentando nossas próprias opções, e devemos urgentemente aprender com isso. O embate por uma vida simples é uma cura. E através desta cura, saberemos compreender o mundo de uma maneira tão universal e completa que, finalmente, atingiremos o ponto de equilíbrio, o centro da roda sempre implacável da existência, que gira inc essantemente para todos os seres e coisas do Universo.
Não há simplicidade mais completa além daquela que objetiva a felicidade do coração.



quinta-feira, 22 de outubro de 2009

"INVISÍVEL"


É engraçado como alguns filmes trazem lições diversas através de istórias aparentemente simples... Esses dias assisti ao filme "a mulher invisível", filme brasileiro com os atores Selton Melo e Luana Piovani. Esse filme que na forma de uma comédia engraçadíssima nos arremete a um assunto sério que daria até palestra quando se trata de mente.
A nossa mente é inteligente por sí mesma, e quando por a ou b nos sentimos desestabilizados, dentro da área mental já existe uma busca constante para que você possa equilibrar-se novamente. Não importa o que aconteça na sua vida, seja qualquer espécie de trauma, doença, desequilíbrios na área emocional... Sempre condicionam o uso espetacular da mente.
Agora traga essa lição para o Yoga e ao estudo dos cinco koshas (cinco corpos), pois através deles aprendemos que é trazendo a tona as toxidades (impurezas) sejam mentais, energéticas, físicas ( que nada mais são do que a materialização do que iniciou em sua mente) é que se inicia o processo de cura. Podemos então definir esse processo como busca da sabedoria.
Agora fica a pergunta para você...
Será que ingerindo tanto medicamentos que a gente conhece por ansioliticos ou similares, não estaríamos tirando o direito de nossa mente trabalhar por sí mesmo esse processo de cura? Será que o que chamamos de doenças modernas do estresse por exemplo, não seriam melhores combatidas tão somente com a luz do auto conhecimento?
Claro, eu não sou contra você tomar medicamentos, quando há necessidade verdadeira, mas noto que atualmente eles são ingeridos e comprados como balas no armazém, Será que apenas um pouco mais de calma, música, chá de laranjeira e uma respiração correta não são o suficientes para você descobrir para sermos felizes as vezes precisamos apenas de um tempo a´sós consigo mesmo.

"namastê" Assista o filme, é bacana.
( ah! os críticos detestaram, adoro quando eles detestam, é sinal que o filme é bom...).

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

"SO HAM"...


YOGA E VOCÊ... Assim como a natureza é multifacetada, assim as definições de YOGA também o são. - Expressão da parte mais profunda do nosso ser. Disciplina que requer anos de prática, ao mesmo tempo em que também é a arte do não esforço, no qual nada precisa ser feito. Yoga é uma ciência tão antiga quanto a humanidade, e desenvolvida por seres de grande sabedoria. E por fim Yoga também é nossa vida diária e vive pertinho de nós o tempo todo como a nossa respiração que guia o fluxo de prana (energia universal) sagradamente para dentro de nós, e nos convida a busca do equilíbrio e conseqüentemente da sabedoria. Veja bem, ninguém necessariamente precisa colocar o pé na orelha, ou outra acrobacia qualquer para fazer yoga. O yoga é um grande portal de autoconhecimento onde você reconhece fazer parte da história do Universo. Todos de alguma maneira estão conectados a essência do sagrado. Através do yoga ou da yoga (tanto faz) você se torna capaz de se auto conscientizar de que todo o seu universo interno não tem outro objetivo senão o de equilibrar-se. O exemplo de sociedade perfeita que você sonha para o planeta Terra, já se encontra aí dentro de você, em cada célula ou em cada conexão nervosa que trabalha em conjunto ou seja, trabalham unidos em estado de yoga ou como você preferir... unidade. Atualmente ouvimos falar muito de yoga, afinal, ta na moda. Inclusive é costumeiro perguntar que tipo de yoga se pratica. Perceba, não existe na realidade esta ou aquela yoga, o que existe são pontos de vista diferente de uma mesma estrutura. Todos nós, professores e alunos, somos meros aprendizes dessa arte cujo aprendizado é infinito, e vai além de qualquer conhecimento. Antigamente, não era o aluno que escolhia o professor, e sim o professor quem o escolhia. No geral, era alguém que havia renunciado a vida mundana E escolhido uma vida “reta”, baseada nos valores (pilares) E escolhia seu aprendiz, esse sistema chamava-se paramparat (mestre- aluno). Aqui no Ocidente estamos longe disso, e tornou-se um desafio constante para o estudioso de yoga manter a pureza original. Por outro lado, percebo que esse esforço de trazer a beleza de vivenciar o yoga no nosso dia-a-dia é o que torna nosso tempo atual tão interessante. Pessoas como o professor Hermógenes, Joseph e Lílian La Page e muitos outros trabalham incessantemente para que isso ocorra, afinal de contas, é muito fácil ser zen lá longe, em alguma aldeiazinha perdida no meio do nada sem tv, ou stresses de todo o tipo Mas, e aqui, no meio de todo esse agito, nessa sociedade materialista, como poderemos trabalhar nossa paz? A paz, meu amigo, já existe dentro de você, e toda a tentativa de você se distanciar dela, é o que você define como infelicidade, desconexão ou doença. Como em geral é uma aula de yoga: A aula de yoga depende em primeiro lugar da personalidade da escola e também do seu professor, ficando a critério do aluno então escolher. Observamos á principio em aula: - CONSCIÊNCIA CORPORAL: Conectando você a sua verdadeira natureza utilizando-se de técnicas que focalizam seus sentidos corporais. - PRANAYAMAS: Exercícios respiratórios (calmantes, energizantes, purificantes). Tem como função a melhor absorção e distribuição do prana através do ser. - SEQUENCIA DE ÁSANAS: Técnicas posturais com enfoque no trabalho da energia prânica através do corpo físico como um todo. - RELAXAMENTO E YOGA NIDRA: Visualização que visa relaxar o corpo e despertar a mente. Muito bem! escolha sua escola, escolha seu instrutor, escolha sua meta e que ISHVARA te proteja e te conduza para o caminho (sadhana) do bem.

“NAMASTÊ” Significa: “Deus que habita em mim saúda Deus em você”.

Jane Hefler instrutora e para sempre aprendiz do espaço de Yoga “DANÇA DE SHIVA”.
Endereço: Coronel Serafim Pereira 295-ESTEIO-RS. FONES: 30333080

sábado, 19 de setembro de 2009

"Kali" Um pouco mais sobre o sagrado feminino.


Esse texto foi pesquisado e postado por intermedio do aluno Agustinho Andrade.

Kali, (do sanscrito Kālī काली) é uma das mais importantes divindades da mitologia na Índia, era conhecida, entre outras características, pela sua sede de sangue.

Esta deusa apareceu pela primeira vez nos escritos indianos por volta do século VI em invocações pedindo sua ajuda nas guerras. Nesses primeiros textos foi descrita como tendo presas, usando uma guirlanda de cadáveres e morando no local de cremações.

Kali fez sua aparição mais famosa no Devi-mahatmya, onde se juntou à deusa Durga para lutar contra o espírito demoníaco Raktabija, que tinha a habilidade de se reproduzir com cada gota de sangue derramado; assim, ao lutar com ele, Durga se viu sobrepujada pelos clones de Raktabija. Kali resgatou Durga ao vampirizar Raktabija e ao comer suas duplicatas. Kali foi vista por alguns como o aspecto irado de Durga.


A Deusa da Morte


Diversos séculos mais tarde, no Bhagavat-purana, ela e seus seguidores, os dakinis, avançaram sobre um bando de ladrões, decaptaram-nos, embebedaram-se em seu sangue e divertiram-se num jogo de atirar suas cabeças de um lado para outro. Outros escritos registraram que seus templos deveriam ser construídos longe das vilas e perto dos locais de cremação.

Kali tem um relacionamento ambíguo com o mundo. Por um lado destruía os espíritos malignos e se estabelecia a ordem. Entretanto também servia como representante das forças que ameaçavam a ordem social e a estabilidade por sua embriaguez de sangue e subseqüente atividade frenética.

Por seu relacionamento com os aspectos da morte foi rapidamente identíficada como uma manifestação do diabo pelos primeiros missionários cristãos a chegarem no Vale do Indo e po muitos orientalistas desinformados até meados do século XIX.

A Deusa do Sexo


Kali também apareceu como uma consorte do deus Shiva. Engajaram-se numa dança feroz. Pictoricamente, Kali geralmente era vista sobre o corpo inclinado de Shiva numa posição dominante enquanto se engajavam em relações sexuais.

Assim, Kali se tornou a divindade dominante no hinduísmo tântrico, onde era louvada como a forma original das coisas e a origem de tudo o que existe. Foi chamada de Criadora, Protetora e Destruidora. No tantra o caminho da salvação se dava através das delícias sensuais do mundo – as coisas geralmente proibidas a um indiano devoto – tais como álcool e sexo. Kali representava as últimas realidades proibidas e dessa forma deveria ser abrigada no íntimo e sobrepujada no que seria o ritual da salvação. Ensinava que a vida se alimentava da morte, que a morte era inevitável para todos os seres e que, na aceitação dessas verdades – confrontando Kali nos campos de cremação, demonstrando dessa forma coragem igual à sua terrível natureza –, haveria libertação. Kali, como muitas divindades, simbolizava a desordem que aparecia continuamente entre todas as tentativas de se criar a ordem. A vida era, em última instância, indomável e imprevisível.

Santa Sara Kali


Kali sobreviveu entre os ciganos, que tinham migrado da Índia para a Europa na Idade Média, como Sara, a Deusa Negra. De acordo com a história as três Marias do novo testamento viajaram para a França onde deveriam encontrar com Sara, uma cigana que as ajudou na chegada. Batizaram Sara e pregaram o evangélio ao seu povo. Os ciganos celebram os dias 24 e 25 de maio todos os anos em Saint-Maries-de-la-Mer, uma pequena vila francesa onde se acredita que os eventos ocorreram. Uma estátua de Sara foi colocada na cripta da igreja onde os ciganos mantêm sua vigília anual.

Kaliyuga


De acordo com as escrituras hindus, o universo passa por fases divididas em enormes períodos de tempo, chamados yuga, coerêntes com o conceito thelemico de aeons. Atualmente vivemos a Kaliyuga, a era de Kali, ou a Era do Ferro. Um período de conflito, desastres, desordem, incerteza espiritual e descrenças. É uma era gigantesca de situações difíceis, períodos de transição abrupta, guerras e catastrófes de todso os tipos. A crise espiritual e material são a norma.

Kali Yuga começou no instante em que Krishna parte do mundo material a aproximadamente 5 mil anos e durará exatamente 432 000 anos - findando no ano 428 899. quando este momento chegar Kalki, o último avatar de Vishnu, chegará montado em um cavalo branco e manejando uma espada flamejante com a qual irá derrotar todo o mal.


A Essência de Kali


Eu sou as trevas por trás e por baixo das sombras.
Eu sou a ausência de ar que espera no inicio de cada respiração.
Eu sou o fim antes que a vida recomece, a deterioração que fertiliza o que vive.
Eu sou o poço sem fundo, o esforço sem fim para reivindicar o que é negado.
Eu sou a chave que destranca todas as portas.
Eu sou a glória da descoberta, pois eu sou o que está escondido, segregado e proibido.Venha a mim na Lua Negra e veja o que não pode ser visto, encare o terror que é só seu.
Nade até mim através dos mais negros oceanos, até o centro de seus maiores medos.
Eu e o Deus das trevas o manteremos em segurança.
Grite para nós em terror e seu será o poder de suportar o insuportável.
Pense em mim quando sentir prazer e eu o intensificarei. Até o dia em que terei o maior prazer de encontra-lo na encruzilhada entre os mundos.
Sabedoria e a capacidade de dar poderes são os meus presentes.
Ouça-me, criança, e conheça-me por quem eu sou. Eu tenho estado com você desde o seu nascimento e ficarei com você ate que você retorne a mim no crepúsculo final.
Eu sou a amante apaixonada e sedutora que inspira o poeta a sonhar.
Eu sou aquela que te chama ao fim de sua jornada. Quando o dia se vai, minhas crianças encontram seu descanso abençoado em meus braços.
Eu sou o útero do qual todas as coisas nascem.
Eu sou o sombrio, silencioso túmulo; todas as coisas devem vir a mim e suportar a morte e o renascer para o todo.
Eu sou a Bruxa que não será governada, a tecelã do tempo, a professora dos mistérios.
Eu corto as linhas que trazem minhas crianças ate mim. Eu corto as gargantas dos cruéis e bebo o sangue daqueles sem coração. Engula seu medo e venha ate mim, e você descobrira verdadeira beleza, forca e coragem.
Eu sou a fúria que dilacera a carne da injustiça.
Eu sou a forja incandescente que transforma seus demônios internos em ferramentas de poder. Abra-se a meu abraço e domínio.
Eu sou a espada resplandecente que te protege do mal.
Eu sou o cadinho no qual todos os seus aspectos se misturam em um arco-íris de união.
Eu sou as profundezas aveludadas do céu noturno, as brumas rodopiantes da meia-noite, coberta de mistério.
Eu sou a crisálida na qual você ira encarar o que te apavora e da qual você ira florescer vibrante e renovada.
Procure por mim nas encruzilhadas e você será transformada, pois uma vez que você olhe para meu rosto não existe volta.
Eu sou o fogo que beija as algemas e as leva embora.
Eu sou o caldeirão no qual todos os opostos crescem para se conhecer de verdade. Eu sou a teia que conecta todas as coisas.
Eu sou a curadora de todas as feridas, a guerreira que corrige todos os erros a seu tempo.
Eu faço o fraco forte. Eu faço humilde o arrogante. Eu ergo o oprimido e dou poderes ao desprivilegiado. Eu sou a justiça temperada com compaixão.
Eu sou você, eu sou parte de você, estou dentro de você.
Procure-me dentro e fora e você será forte. Conheça-me, aventure-se nas trevas para que você possa acordar com equilíbrio, iluminação e plenitude. Leve meu amor consigo a toda parte e encontre o poder interior para ser quem você quiser.

"UAU"

"NAMASTÊ"

JANE HEFLER

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Um pouco sobre o "sagrado feminino" pela aluna Jane Petry:

Mistérios antigos e seu efeito...

Desde o início, os homens passaram a observar que apenas as mulheres geravam novos seres, e isso parecia ser um dom mágico pertencente a elas, uma vez que o ato sexual não estava relacionado à criação.
Então, a mulher era o centro, pois o futuro da tribo dependia dela.
A divindade criadora do Universo foi primeiramente reconhecida como a Grande Deusa Mãe.
Cada mulher era uma representante da Deusa na Terra.
A linhagem respeitada era a matrilinear, e os bens e ensinamentos eram passados de mãe para filha.
As primeiras manifestações religiosas ao redor de todo o mundo cultuavam o Sagrado Feminino.
Isso é comprovado por arqueólogos e historiadores, através das estátuas encontradas que datam do Neolítico e do Paleolítico Superior, como as Vênus de Willendorf e do Nilo.

O culto ao Deus estava relacionado às caçadas e aos homens, mas ainda sob égide da Deusa, pois Ela era a Senhora das Feras.
Nessa época surgiu a relação mágica e espiritual entre a caça e o caçador, porque a reprodução e saúde dos animais eram necessárias para alimentar a tribo.

O homem então teve o seu primeiro culto masculino, ao se ornar com chifres representando o Deus que morre em cada animal que é caçado.
Quando esses povos primitivos da Europa começaram a guerrear entre si, os homens passavam muitas temporadas fora, foi aí que perceberam que suas mulheres não engravidavam durante a sua ausência.

Então, percebeu-se que para haver a criação, a união do Feminino com o Masculino tinha de acontecer.

Os homens tinham, no início, medo do poder criador da mulher. E assim iniciou-se um processo de supervalorização da figura Masculina; para que os homens se sentissem mais fortes, era preciso rebaixar o poder da mulher e da Deusa. Junto à ascensão dos Deuses Masculinos, houve o movimento de substituição gradativa do matriarcado pelo patriarcado.

A sociedade enquanto matrifocal era mantenedora da paz. Oferecia a todos, homens e mulheres, os mesmos direitos, afinal eram uma grande família, pois todos eram filhos Dela.

O patriarcado trouxe junto com ele sentimentos e valores que até então eram desconhecidos.
Os homens no poder passaram a valorizar apenas a figura e a posição masculina, então a noção de importância foi completamente direcionada para a guerra e disputas.

Apenas os mais fortes e sadios eram respeitados, colocando assim as mulheres, os deficientes e até mesmo os homens idosos em uma posição desfavorável.

Essa sociedade tornou-se violenta, preguiçosa e gananciosa. Um bom exemplo dessa diferença entre os valores de uma sociedade matriarcal e outra patriarcal são as noções de matrimônio, casamento e criação de seio familiar, e patrimônio, bens em geral ou acúmulo de valores.

De qualquer maneira, muito falamos sobre as feridas que o patriarcado causou nas mulheres, mas nos esquecemos que os homens também são vítimas das atitudes de seus antepassados.

...Os homens sofrem com o patriarcado desde o momento de seu nascimento. Pergunte a um pai o sexo do seu filho que acaba de nascer, e se for masculino, na maioria das vezes a resposta recebida é “Meu filho é homem”, quando na realidade não passa de um bebê.

O contrário não acontece; sendo o sexo feminino, o mais provável de se ouvir é “É uma linda menininha.”.

Até o direito de ser criança foi negado aos homens por muitas eras.
Só que as marcas da repressão continuam dentro desses homens por toda a vida, por mais que estejam muito bem escondidas, assombrando-os de vez em quando apenas.

Vide a quantidade de assassinos, estupradores, psicopatas em geral que hoje temos aos montes em todos os presídios – vale lembrar que a grande maioria dos crimes é cometido por indivíduos do sexo masculino.

As mulheres como foram colocadas de lado na sociedade, criaram seus próprios costumes e passaram a viver em grupo, em apoio mútuo.

Os homens não têm esse privilégio, pois são criados para se virarem sozinhos, sem precisar do apoio de ninguém – pedir ajuda inclusive é motivo de vergonha para muitos homens.

Os homens são criados para serem assim, duros, frios e sem sentimentos. Homens não choram sob hipótese alguma, não demonstram carinho e afeto por ninguém, não sofrem por amor.

Aliás, homens não amam, transam, e com a maior quantidade de mulheres que for possível.
Um homem é criado para ser sempre o melhor, e se ele não for o chefe da empresa em que trabalha, será sempre um perdedor. Ganhar menos que a esposa é um insulto à masculinidade.

Muitos podem pensar que isso é machista e que por isso coloca os homens em situação melhor que a das mulheres, mas não.

Os homens assim são eternos meninos sofridos, e muitas vezes transformam essa dor e sofrimento em uma máscara de mais machismo e arrogância.

Vamos olhar mais para dentro de nossas casas, e buscarmos perceber essas limitações nos homens de nossas próprias famílias. Muitas vezes, o que o seu pai ignorante e grosseiro mais deseja é receber um beijo carinhoso e ouvir a doce melodia de um “Eu te amo.”.

Esses atos simples e afetuosos têm um poder transformador incomensurável.
e assim criarmos nossos filhos – sejam homens ou mulheres – em uma sociedade mais justa, com valores centrais mais humanos.
E assim a imagem por tantos anos sustentada do Sagrado Masculino como castrador e tirano pode ser transformada em um Deus carinhoso e protetor, um verdadeiro Pai. O Filho e Consorte da Grande Mãe.
Jane Petry.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009


Mudras - Mensageiros dos poderes curativos do Universo
por Joseph e Lilian Le Page

udras são gestos que nos permitem sintonizar com frequências específicas de energia do Universo. Segundo Yoga e Ayurveda, a saúde plena é o resultado dessa sintonia em que o ser individual, o microcosmo, sincroniza-se com o Universo, o macrocosmo. Essa sincronia é a base do equilíbrio e da cura. Assim, os Mudras são ferramentas poderosas para otimizar a saúde.
Quando colocamos as mãos em Mudras, elas atuam como antenas canalizando as energias de cura para todos os aspectos de nosso Ser. Isso funciona porque nosso corpo é composto de 5 elementos: terra, água, fogo, ar e espaço. Cada um destes elementos está relacionado com um de nossos sistemas fisiológicos, e também com certas qualidades. Por exemplo: o elemento terra está relacionado com o sistema esquelético e possui as qualidades de força, estabilidade e firmeza. Quando estes elementos estão presentes na quantidade adequada, a saúde estará presente.

Cada um dos dedos também está relacionado com um dos 5 elementos. O dedo mínimo representa a água, o anular a terra, o médio o espaço, o indicador o ar e o polegar o fogo. As combinações dos dedos, assim como a posição deles (esticado, flexionado, etc.), permitem uma grande variedade de opções de conexão com as energias primordiais do Universo. Há milhares de anos atrás, os sábios da Índia desvendaram os códigos secretos destas inúmeras combinações observando os efeitos e benefícios de cada Mudra. Hoje, os Mudras representam um tesouro que permite que o microcosmo de nosso corpo se harmonize com os ritmos do universo para facilitar a saúde e a cura. Comece a praticar os mudras de um a cinco minutos. Caso sinta qualquer desconforto, descontinue a prática e consulte um professor de Yoga experiente nesta área.

Mudras para o ótimo funcionamento de cada sistema fisiológico do corpo:

Sistema Nervoso
Jnana Mudra
Equilibra os dois hemisférios cerebrais e acalma o sistema nervoso.

Junte a ponta do polegar com a ponta do dedo indicador formando um círculo e estique os outros dedos.



Sistema Muscular
Varun Mudra
Facilita a hidratação e flexibilidade dos músculos.

Toque a ponta do dedo mínimo com a ponta do polegar e
estique os outros dedos.

Sistema Esquelético
Adhi Mudra
Proporciona força e estabilidade para todo o sistema esquelético.

Com as mãos em punho, envolvendo os polegares, descanse as mãos nos joelhos.



Sistema Respiratório
Prana Mudra
Facilita a expansão dos pulmões e de todo o sistema respiratório.

Junte o polegar com os dedos mínimo e anular e estique os dedos médio e indicador.

Sistema Gastro-intestinal
Pushan Mudra
Estimula o fogo digestivo e a assimilação completa dos nutrientes.

Mão Direita- polegar toca dedo médio e indicador, dedos mínimo e anular ficam esticados; Mão Esquerda- polegar toca dedo médio e anular, dedos mínimo e indicador ficam esticados.




Sistema Cardiovascular
Kapota Mudra
Gera um sentimento de bem-estar e abre o coração no nível emocional.

Junte as palmas das mãos e depois abra um espaço entre elas como o peito de um pombo.

Sistema Endócrino
Hakini Mudra
Facilita um estado de equilíbrio da glândula pituitária que consequentemente regula todo o sistema endócrino.

Junte as pontas de todos os dedos.



Sistema imunológico
Uttarbodhi Mudra
Ativa a glândula timo e aumenta a auto-estima, promovendo a saúde do sistema imúnologico.

Entrelace so dedos para fora e estique os indicadores para cima e os polegares para baixo, colocando-os no esterno.



Mudras para condições de saúde específicas:

Dor lombar
Paschima Mudra - Alivia a tensão crônica dos músculos da região lombar, reduzindo a pressão sobre os discos e nervos.

Mão Direita - o polegar toca a ponta dos dedos médio e mínimo, os dedos indicador e anular permanecem esticados; Mão esquerda - o polegar pressiona a unha do indicador formando um círculo.



Constipação
Apana Mudra
Estimula e facilita a finalização do processo de digestão, equilibrando a eliminação.

As duas mãos - polegar toca dedos médio e anular.

Dor de cabeça
Mahasirs Mudra
Elimina a tensão e equilibra a circulação na cabeça.

As duas mãos - dedo anular toca a palma da mão e polegar toca dedos indicador e médio. Dedo mínimo fica esticado.

Síndrome Pré-Menstrual
Yoni Mudra
Equilibra o sistema reprodutor feminino.

Entrelace os dedos para dentro e estique os indicadores para frente e os polegares para trás. Mãos a 4 dedos abaixo do umbigo.






Obesidade
Brahma Mudra
Acelera o metabolismo, estimulando a digestão de gorduras, com redução do tecido adiposo em excesso.

Com as mãos unidas em punho, envolvendo os polegares, em frente ao plexo solar. Palmas para cima.

Ansiedade
Chinmaya Mudra
Acalma a mente e estabiliza as emoções.

Com as mãos em punho, toque o dedo indicador com o polegar, formando um círculo. Descanse as mãos nos joelhos.





Mudras para equilibrar cada Chakra:



Muladhara Chakra
Bhu Mudra
Facilita a sensação de conexão com a terra e confere segurança.

As duas mãos: indicador e médio ficam esticados como antenas tocando o chão. Outros dedos naturalmente dobrados com o polegar por cima.



Svadhisthana Chakra
Svadhisthana Mudra
Nutre a área do segundo chakra e facilita a sensação de bem-estar.

Mão direita no baixo abdômen e mão esquerda com palma para cima, recebendo a energia curativa do universo.

Manipura Chakra
Matangi Mudra
Energiza a área do plexo solar e facilita a sensação de auto-estima.

Entrelace todos os dedos, estique e una os dedos médios em frente ao plexo solar.



Anahata Chakra
Padma Mudra
Abre o coração sutil, diminui a carga de tensão sobre o coração físico e cria expansão da caixa torácica.

Junte os punhos, polegares e dedos mínimos e abra
os outros dedos.


Vishuddha Chakra
Garuda Mudra
Expande o poder da voz e da intuição, facilitando a caminhada espiritual.

Palma da mão direita em frente ao peito, a esquerda por trás. Entrelace os polegares e abra os dedos como as asas de um pássaro.




Ajna Chakra e Sahasrara Chakra
Mandala Mudra
Facilita a experiência de integração com todo o Universo.

Repouse os quatro dedos da mão direita sobre os da mão esquerda. Una os polegares formando um círculo.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Para escutar e lembrar...

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Para um bom feriado...


Concurso Público INT - 2008

Forever Young(Eternamente Jovem)

Let's dance in style,
Vamos dançar com elegância,

Let's dance for a while
Vamos dançar por um instante.

Heaven can wait,
O paraíso pode esperar,

We're only watching the skies
Estamos apenas observando os céus.

Hoping for the best
Desejando o melhor

But expecting the worst
Mas esperando o pior,

Are you going to drop the bomb or not????
Você vai deixar cair a bomba ou não?

Let us die young or let us live forever
Deixem-nos morrer jovens ou deixem-nos viver eternamente.

We don't have the power
Nós não temos o poder,

But we never say never
Mas nunca dizemos "nunca".

Sitting in a sandpit,
Sentando num fosso de areia,

Life is a short trip
A vida é uma viagem curta,

The music's for the sad men
A música é para os homens tristes...

Can you imagine when this race is won??
Você consegue imaginar quando esta corrida estiver ganha?

Turn our golden faces into the sun
Transformamos nossos rostos dourados no sol,

Praising our leaders,
Louvando nosso líderes,

We're getting in tune
Estamos entrando em sintonia.

The music's played by the madmen
A música é tocada pelos homens loucos...

Forever young, I want to be forever young
Eternamente jovem, eu quero ser eternamente jovem.

Do you really want to live forever
Você realmente quer viver eternamente?

Forever -- and ever
Eternamente e sempre?

Some are like water
Alguns são como água,

Some are like the heat
Alguns são como o calor,

Some are a melody and some are the beat
Alguns são uma melodia e alguns são o rítmo.

Sooner or later, they all will be gone
Cedo ou tarde, todos eles estarão mortos.

Why don't they stay young?
Por que eles não permanecem jovens?

It's so hard to get old without a cause
É tão difícil ficar velho sem um motivo,

I don't want to perish like a fading horse
Eu não quero perecer como um cavalo moribundo.

Youth's like diamonds in the sun
A juventude é como diamantes ao sol,

And diamonds are forever
E diamantes são para sempre...

So many adventures couldn't happen today
Tantas aventuras não poderiam acontecer hoje,

So many songs we forgot to play
Tantas canções que esquecemos de tocar,

So many dreams swinging out of the blue
Tantos sonhos arrumando-se de repente,

We'll let them come true
Nós vamos deixá-los tornar-se realidade.

Forever young...
Eternamente jovem...

- Forever Young (Alphaville/Laura Branigan)

sábado, 22 de agosto de 2009

Entender...


É... Mais um ano se passou, e eu já estou aqui na véspera de meus 37 anos, compartilhando com as pessoas que conheço e os meus alunos o que venho aprendendo com o Yoga.
Posso dizer com categoria que não sou a típica virginiana sempre preocupada e ansiosa... Isso eu até já fui... Rsrsrs, mas, graças ao Divino, as idades passam, e com elas nossas transformações criam oportunidades de trazerem aos nossos olhos outros pontos de vista, no meu caso trouxe uma vida mais saudável, e apesar de meus inúmeros "vrittis", hoje posso dizer que confio na ação Divina que permite o equilíbrio natural de todas as coisas.
Lendo o texto abaixo me veio á mente algumas reflexões do que realmente estamos sujeitos quando caímos na teia do medo e da ilusão, a ilusão por exemplo de que é certo competir sempre por algo ou alguém ou alguma coisa. Porém, podemos refletir é claro sobre um outro ponto de vista.
Se o homem nasceu para competir, por que é que a vida só progride com a cooperação mutua, existe no universo uma lei única que visa manter através do equilíbrio a estabilidade necessária para o progresso.
Essa mesma lei vale para suas células, seus ossos e todos os seus sistemas corporais, seus relacionamentos... É a sublime lei da unidade, expressa em todas as Yogas.
Claro, coisas acontecem, ficamos doentes, aflitos, mas permita a seguinte observação:
De que todas as catástrofes que ocorrem seja dentro ou fora do nosso Universo acaba por ocasionar um outro meio de vida e assim um outro ponto de vista.
Essa é uma outra lei do universo... A lei do renascimento... É Shiva que dança e nos convida a dançar também.
Compartilharei com vocês um poeminha que escrevi em um momento de reflexão:

"Paradoxo"...

As vezes eu me olho no espelho e não me reconheço. Talvez por que ele mostre apenas o que sou por fora... Quando...Neste exato momento, estou tentando fazer o caminho contrário voltando-me para dentro. E neste instante, eu me vejo de costas, para este espelho... Porém, existe tanto espaço ao redor... Mas eu, permaneço ali, parado, vigiado por esse ser que me encara de frente sem medo e me convida a jornada. Seremos dois, ou apenas um, ou nossa união é apenas o início do primeiro passo. Eu me curvo humilde dentro do espaço infinito de mim mesmo... Ouço baixinho a voz do "Sagrado"... " Dance, não fique aí parado".

"NAMASTÊ"

Jane

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Um pouco de visão real...

Essa postagem foi enviada por e-mail pela aluna Jane Petry, carinhosamente, compartilharei com vocês da mesma forma que ela fez:

A complicada arte de ver
Rubem Alves

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões - é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".
Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinicius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa - garrafa, prato, facão - era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas - e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".

Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...

Fernando Pessoa – Poemas de Alberto Caeiro

Num meio-dia de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo

em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espirito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez com que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E porque toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando agente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espirito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
“Se é que ele as criou, do que duvido.” -
“Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres.”

E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É a minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos os muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

Alberto Caeiro



quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Mais receitinhas...

Lassi Indiano

Bata no Liquidificador:
Iogurte natural ou light (1 pote)
A mesma porça de suco de fruta a gosto ou a fruta em si (já experimentei com Damascos, Manga e natural (sem suco de frutas, só o gosto da água de rosas e iogurte)
cardamomo
mel/açucar à gosto
4 cubos de gelo (se quiser, é melhor
1 colher de chá de água de rosas ou de água de flores, ou água de flor de laranjeira.
(obs. - essa água é facilmente encontrada em garrafas no setor de alimentos árabes/orientais - em supermercados).

Gulab Jamun (Docinhos mergulhados na calda de água-de-rosas)
Ingredientes
200 gramas de leite em pó integral
50 gramas de farinha branca
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
25 gramas de manteiga
1/2 colher de chá de cardamomo
leite fresco
750 gramas de açúcar e a mesma medida de água.
1 colher de sopa de água-de-rosas ou algumas gotas de essência de rosas
Óleo para fritura
2 panelas - uma para fritar (óleo) e outra para a calda de açucar.
Modo de preparo
O site tem a receita de forma mais "direta", eu coloquei observações após errar algumas vezes (a primeira vez eu queimei as bolinhas pois elas ficaram em contato com o fundo da panela, tinha pouco óleo!)
Numa panela, faça uma calda fervendo 750 ml de água com açúcar. Depois de ferver por 3 minutos e retire do fogo.
Em panela separada, misture o leite em pó, a manteiga, o bicarbonato de sódio e o cardamomo. Misture bem a massa, e vá acrescentando o leite até que dê para formar bolinhas. Não coloque muito leite, pois pode ficar muito grudenta. (exagerou no leite, adicione mais farinha/ ou se estiver muito seco, coloque um pouquinho a mais de leite). Faça bolinhas do tamanho de um brigadeiro/negrinho pequeno (não a versão gigante) elas irão crescer tanto quando fritas como quando embebidas na calda. As bolinhas devem ficar lisas e homogêneas. Se a massa estiver dura demais, junte-a com leite. Se voce assistir o vídeo com a indiana fazendo, ela coloca leite líquido demais, na minha opinião, e portanto perde muita massa que fica na mão ou no recipiente que fez a mistura. O ponto melhor é deixar o suficiente "lisa", homogênea e macia, para que possa fazer as bolinhas.
Numa frigideira, coloque óleo o suficiente para que as bolinhas possam boiar. Sim, é bastante óleo mesmo. As bolinhas não podem fritar em contato com a panela, só no óleo. Os indianos chamam isto de "deep frying" (algo como fritar profundamente). Inicie com fogo alto, coloque uma bolinha minúscula (do tamanho de um grão de arroz) no óleo. Quando ela subir imediatamente, o óleo tá no ponto. Baixe o fogo para médio e vá fritanto todas as bolinhas que couber na panela. Baixe mais ainda o fogo se necessário. As bolinhas fritam durante 5-7 minutos até ficarem laranjas (veja o site indiano que coloquei abaixo). O cheiro depois de frita é de leite! Frite as bolinhas, e mexa-as continuamente, impedindo que grudem no fundo da panela, até que elas comecem a flutuar na superfície e fiquem com uma cor dourada escura.
Escorra para toalhas de papel, para diminuir a gordura (opcional)
Aqueça novamente a calda de açúcar por 2 a 3 minutos e retire do fogo. Coloque a água de rosas agora, para não perder o aroma, e misture. Mergulhe as bolinhas fritas na calda. Mantenha-as na calda por 2 horas (ou muito mais; se possível, até 2 dias) antes de servir. Tape BEM o recipiente, pois qualquer cheiro que tenha na geladeira irá deixar um rastro na calda. Sirva gelado mesmo ou aquecido no microondas. Elas de um dia para o outro é que ficam com o melhor sabor. Eu as vezes acrescento mais água de rosas ao servir para ressaltar o aroma das rosas.
Fontes:
http://www.indiamarks.com/guide/Gulab-Jamun-The-most-Popular-Sweet-in-India/183
http://www.geocities.com/luizsegamarchi/receitas.html#_Gulab_Jamun (e outras receitas!)
Escrito por Agustinho Serrano para Dança de Shiva.
Hari

quinta-feira, 23 de julho de 2009


Massala Chai
2 xícaras de leite


2 xícaras de água


2 colheres de sopa de chá preto


5 cravos da índia


1 colher de sopa rasa de gengibre fresco ralado


1 colher de chá de cardamomo em pó


1 colher de chá rasa de canela em pó


3 grãos de pimenta preta ou 1 pitada de pimenta caiena (opcional)


Ferver água e gengibre no fogo baixo por 15 minutos. Adicione canela e cravo, mantendo o fogo acesso, por mais 5 minutos. Adicione o chá e o cardamomo e ferver por mais 5 minutos. Junte o leite, misture bem e aguarde levantar leve fervura. Desligar e tampar. Pode ser adoçado. Pitada de pimenta por cima (opcional).



quarta-feira, 15 de julho de 2009

RELACIONAMENTOS...


O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM AS PESSOAS?

Com certeza você já se fez essa pergunta quando o assunto se tratou de “relacionamentos”.

Pessoalmente percebo que o mundo já andou tanto, já passamos por tantas guerras, fomes, epidemias e etc... E se observarmos o por quê de tantos sofrimentos, veremos sempre que a causa primeira de tantas dores foram os maus relacionamentos.

Mau relacionamento entre o homem e a natureza que causa o distanciamento do sagrado, sagrado esse que a doce mãe delega aos seus filhos que ao conservarem as águas, as plantas, nossos irmãos queridos: os animais da terra, Generosamente compartilham com ela a visão de unidade que estudamos no yoga.

Mau relacionamento do homem com ele mesmo buscando fora aquilo que certamente encontra-se dentro de si, a força da sua voz, a beleza do seu olhar, a pureza de seu coração que não necessita de nada mais do que a verdade de sua alma. Tantos remédios existem na farmácia que curam as dores do corpo, mas, cada um sabe que só a investigação mais profunda, muitas vezes regada ao discernimento, observação e purificação serão capazes de curar as causas verdadeiras de suas dores, sejam elas quais forem.

E a família?

Bem vimos antes ao estudarmos um pouco sobre muladhara, que este, é, o principal responsável pelo sentido de “lar”. Hei! Eu disse...lar, não uma bela casa, com belos móveis, carros etc...

A construção de um lar, onde você encontra as pessoas que vem para construir com você esse sentido de união realizando em conjunto seu sadhana (caminho).

Swadstana chakra contribui dessa forma com muladhara, e traz para nós esse portal de conhecimentos e estudos que tem como objetivo melhorar o relacionamento como um todo.

A final de contas como esperamos que as guerras e as fomes cessem, se vivemos em pé de guerra com nossos familiares e vizinhos.

No meu ponto de vista pessoal penso que não somos obrigados a conviver ali juntinho, com pessoas que não tem a nossa mesma sintonia. Isso seria até uma violência contra nosso processo de aprendizado. Porém, aprendemos no yoga a respeitar espaços sem necessariamente causar grandes distanciamentos.

O respeito humano, com relação a todas as coisas dentro do yoga, é de dentro para fora e inicia com ahimsa (não violência), a não violência com seus pensamentos, atos, e emoções que vão além do que você possa imaginar.

Quando começamos a estudar profundamente os códigos morais e espirituais do Yoga, percebemos, que existe muitas vezes essa tendência de nos sentirmos por vezes, sozinhos e desamparados...

Mas esse mergulho nessa solidão nos convida a sair da “normose” (ver Professor Hermógenes), muitas vezes provocados pela cegueira interna. E quando finalmente emergimos dessa analise profunda vemos com os olhos do coração que o oceano da vida é muito grande, cheio de infinitas possibilidades, e infinitas formas de vida. Quem sou eu senão uma ínfima, pequenina parte dessa grandeza...Mas sem mim o oceano não seria completo.

“Namastê”

Jane

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Posturas para muladhara

A Mãe nos delega o direito natural de compartilhar esse local sagrado no universo, e, nos dá como presente esse chakra de quatro pétalas.
GAIA em sua essência é DEUS que respira, e conecta ao homem a noção de família e desenvolvimento, sobrevivência e produtividade.
Quando o ser humano está em equilíbrio, existe a paciência de entender que tudo demora um certo tempo para se desenvolver, cada semente posta na terra exige cuidados necessários e elementos certos para que ela cresça com segurança. Assim também somos, durante nove meses somos nutridos e preparados na forma de uma semente, para finalmente emergir para a vida e crescer com segurança.
Quando porem há desarmonia, com ela vem também a noção de medo e desconexão. Nesse ponto Deus passa de generoso á tenebroso, como era antigamente no antigo testamento.
A resposta do corpo no sentido luta/fuga se ativa, e o ser passa a estar sempre disposto a "brigar" contra as possíveis ameaças.
A mente passa aCriar com isso os "padrões" que chamamos dentro do yoga de sanskaras.

Um pouco mais sobre muladhara:
cor: vermelho brilhante
elemento: terra
sentido: olfato
aroma terapia: cedro, vetiver, sândalo
linha do yoga: hatha yoga
yantra: flor de lotus de quatro pétalas
pranayama: bhastrika
bhandas: mulabhanda e aswini mudra
imagens e sankalpas ( afirmações):
kundalini, família, confiança, raízes, lar, cuidado e amor incondicional pelo corpo físico, mãe Shakti, força vital...
Glândula endócrina: supra renais
sistemas físicos: rins, supra renais, coluna vertebral, pés, ossos, intestinos grossos
Indicações:
-pés, pernas, base da coluna, cólon, rins, sistema nervoso simpático, stress, obesidade, joelhos, anorexia, hemorróidas, constimpação, nervo ciático, fobias, e ansiedades principalmente relacionadas ao abandono e medo.
"namastê"
Jane.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Azeite de Oliva - Leia, é importante!

A última notícia sobre o óleo extraído da oliva merece comemoração: ele evita o acúmulo da gordura visceral, passaporte para doenças cardiovasculares e diabete. E, como se fosse pouco, combate a osteoporose e inflamações, caso da gastrite.

Basta um fio dourado do óleo da oliva para que aquela torrada dura e seca ganhe textura macia e sabor especial.

Uma outra transformação ocorre no seu organismo, mais precisamente no abdômen, quando você consome o azeite: ele impede o depósito de gordura bem ali, na linha da cintura. Parece um contra-senso, já que o alimento é dos mais calóricos - cada grama oferece cerca de 9 calorias. Mas a descoberta é séria: o sumo das azeitonas evita mesmo a barriga indesejada. Quem assina embaixo são cientistas de diversas universidades européias.
Juntos eles publicaram seu trabalho no periódico Diabetes Care, da Associação Americana de Diabete, em que compararam exames de imagem de voluntários, antes e depois do consumo do óleo. E observaram que esse bom hábito diminuiu os depósitos de banha no abdômen.
Diga-se: o ideal seria que você consumisse duas colheres de sopa por dia do ingrediente para obter seus benefícios. No fundo, o mérito é todo da gordura monoinsaturada, que predomina no azeite. Se ela já era festejada por varrer o colesterol ruim das artérias, agora os médicos têm ainda mais motivo para cobri-la de elogios. Isso porque estão empenhados em acabar com as barrigas avantajadas e não tem nada a ver com questões de beleza. A gordura visceral, justamente aquela da cintura, produz substâncias que dificultam a ação da insulina, o hormônio produzido pelo pâncreas que ajuda a glicose a entrar nas células.
Ou seja, barriga grande pode levar ao diabete do tipo 2, explica o endocrinologista Márcio Mancini, presidente eleito da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, Abeso. O diabete, ao lado da pressão alta, do colesterol, dos triglicérides alterados e, de novo, da tal barriga, é o componente básico de um mal que mata - a síndrome metabólica. O azeite, no entanto, ajuda a quebrar esse círculo nefasto. Muito, muito antes de se estabelecer qualquer relação do azeite com a barriga antes até mesmo de se ter certeza de que barriga prejudicaria o coração, cientistas já observavam que os maiores consumidores do alimento estavam protegidos de males cardíacos.
Os povos do Mediterrâneo, que historicamente regam seus pratos com esse óleo, parecem mais distantes da ameaça de infarto. Claro, é preciso considerar que também se esbaldam em verduras, frutas e peixes, outros guardiães dos vasos. Nenhum desses alimentos, entretanto, compete com o azeite na preferência de gregos, italianos e espanhóis. "Muitos deles têm o hábito de tomar uma colher do óleo em jejum", conta o bioquímico Jorge Mancini, professor da Universidade de São Paulo (USP), que esteve na Espanha para pesquisar o assunto.
Para o nutrológo e cardiologista Daniel Magnoni, do Instituto de Metabolismo e Nutrição, que fica na capital paulista, uma vantagem da chamada dieta do Mediterrâneo é que a gordura monoinsaturada vinda da oliva ocupa o espaço das temidas trans, presentes nas margarinas, e das saturadas, que estão nas carnes vermelhas. Diferentemente da mono, que faz as taxas do mau colesterol despencarem, a dupla tem relação com a subida do LDL, diz.
VANTAGENS DO EXTRAVIRGEM
O efeito antibarriga, em tese, pode ser obtido com qualquer tipo de azeite de oliva. Afinal, em matéria de teor de gordura monoinsaturada - à qual se atribui essa ação - eles praticamente empatam. Já quando se fala em evitar as placas nas artérias, a bioquímica Luciane Faine, que analisou o azeite na Universidade Estadual Paulista de Botucatu, no interior de São Paulo, reforça as vantagens do tipo extravirgem. É que, no caso do efeito anticolesterol, é importante a presença de moléculas antioxidantes.
"Na produção do extravirgem a pressão física da oliva, que é feita sem adição de produtos químicos, preserva esses compostos", diz ela. Segundo Lucian, os polifenóis do óleo extravirgem se acumulam no plasma sanguíneo. Com isso, os radicais livres que oxidariam o colesterol a ponto de ele estacionar nas paredes dos vasos ficam praticamente fora de ação, conclui. E saiba: Todas as células do corpo saem ganhando.
Um azeite legítimo não traz solventes ou substâncias químicas. Como dizem os especialistas, ele é o suco da azeitona, pura e simplesmente. O que muda é o sabor, a textura, a cor ou o aroma. "Tudo isso vai depender da variedade do fruto", diz a nutricionista e chef Maria Luiza Ctenas, uma expert no assunto.
Assim como acontece com o vinho, que já formou legiões de enófilos, hoje existem gourmets especializados em azeite que distinguem tipos de azeitona e locais de plantio apenas pelo olfato e sabem qual tipo de óleo combina com qual receita. São chamados pelos espanhóis de catadores.
Segundo Maria Luiza o conselho desses experts vale muito, mas não dá para estabelecer regras. "Cada um deve descobrir seu azeite preferido", opina. Marcus Bueno, da butique de azeites Olivier's & Co., que fica na capital paulista, sugere paciência na descoberta do óleo predileto. "No início pode parecer tudo igual, mas aos poucos o paladar vai ficando mais apurado", observa. Bueno, que é um legítmo catador.
Ele recomenda primeiro observar o prazo de validade. Depois de aberto, o produto, desde que conservado longe da luz e bem tampado, deve ser consumido em seis meses, no máximo. E, para aqueles que pensam que o óleo de oliva está proibido de ir para a panela, os pesquisadores avisam que sim, ele pode, já que sua composição é bastante estável. Só não vale fritar ou abusar de temperaturas altas - quanto maior o calor, maiores as perdas dos compostos benéficos.
CADA GORDURA, UMA CINTURA
O azeite ajuda a combater a barriga. Já a gordura encontrada em certas margarinas...
MONOINSATURADA
É como se esse ácido graxo, ou partícula de gordura, reorganizasse os depósitos de gordura, impedindo que inchem as células adiposas entre os órgãos do abdômen. Isso já foi observado, embora por enquanto ninguém conheça detalhes do mecanismo. "Outra boa notícia é que a molécula monoinsaturada do azeite aumenta a produção da adiponectina, uma substância capaz de combater inflamações e as placas nas artérias", diz o cardiologista Heno Lopes, do Instituto do Coração, o InCor, em São Paulo.
TRANS
Apesar de oferecer as mesmas 9 calorias por grama do azeite, a famigerada trans parece inflar os adipócitos, que são as células gordurosas, com maior facilidade do que qualquer outro óleo. Existem evidências científicas de que não adianta tanto levar uma dieta mais leve se os poucos lipídios que entram no cardápio são trans. Além de favorecer a pança, esse tipinho provoca a resistência à insulina, fazendo o pâncreas trabalhar dobrado - um esforço extra que pode desembocar no diabete tipo 2.
O QUE ESSE ÓLEO TEM
Mais da metade da composição do azeite é pura gordura monoinsaturada. Ele contém, ainda, pitadas de ômega-3 e está cheio de substâncias antioxidantes, com destaque para os polifenóis, que, além de conferir aquele aroma característico, beneficiam nossas artérias. Vale ressaltar ainda a boa concentração de vitamina E, nutriente que afasta o risco de tumores. Muito além do coração O azeite é apelidado pelos mediterrâneos, merecidamente, aliás, de "ouro líquido
NO ESTÔMAGO
Pesquisadores da Universidade de Valme, na Espanha, observaram que o óleo de oliva contém substâncias com efeito bactericida, capazes de combater a Helicobacter pylori, microorganismo por trás da gastrite. O achado foi publicado recentemente no Journal of Agricultural and Food Chemistry, um importante periódico científico americano.
ABAIXO A DOR
Cientistas do Instituto Monell, nos Estados Unidos, encontraram no azeite uma molécula que inibe a atividade de enzimas envolvidas em inflamações. É o oleocanthal, um composto de ação idêntica à de analgésicos e que, portanto, é infalível contra as dores. Então, é provável que o consumo regular ofereça alívio para os que sofrem de dores crônicas.
PARA OS OSSOS
Ele também ajudaria a afastar a osteoporose. Pesquisadores da Universidade de Jáen, na Espanha, notaram que o consumo de azeite está associado à menor incidência de fraturas. Embora o efeito tenha sido demonstrado em um grupo de 334 voluntários, falta elucidar o porquê.
CONTRA TUMORES
Um trabalho publicado há pouco na revista da Sociedade Européia de Oncologia mostra que a gordura monoinsaturada do óleo de oliva diminui o risco do câncer de cólon. Pesquisas anteriores já apontaram a ação preventiva em outros tumores, como o de mama.
CAMPEÕES DO AZEITE
Graças ao clima, os países europeus que estão na bacia do Mediterrâneo são os maiores produtores do mundo. A Espanha detém 32% da produção, a Itália 26%, a Grécia 16,5% e Portugal 2%*.
EM DEFESA DO PEITO
Este era o efeito, até então, mais badalado do azeite. Entenda por que a sua fórmula é perfeita para poupar as artérias de estragos.
1- O consumo habitual do óleo de oliva auxilia na redução dos níveis de LDL, a fração ruim do colesterol.
E, quanto menor o teor de LDL, menores são as chances de sobrarem moléculas dessa gordura na circulação. Sem contar que os ingredientes do azeite contribuem para o aumento do HDL, uma partícula que carrega o colesterol para longe das artérias.