yogaterapia com amor.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Mudras,mensageiros do universo...







Mudras são gestos feitos pelas mãos e pelo corpo, que nos permitem entrar em sintonia com frequência energéticas específicas dentro do nosso ser. A raiz da palavra mudra deriva do sânscrito de duas palavras, mud quer dizer "encanto" ou "prazer". A segunda é dru, que significa "gerar".
Essa então é a tarefa dos mudras, trazerem a superfície o estado de felicidade existente dentro de nós.
Toda a expressão seja ela feita com a face ou com o restante do corpo é um mudra, se estudarmos profundamente cada um deles poderemos chegar em face a leitura emocional de alguém.
No contexto espiritual encontramos as raízes dos mudras relacionados as práticas xamânicas do mundo antigo. Muitas religiões apresentam os mudras de alguma forma, como vemos em estátuas ou pinturas de Buda ou Jesus e etc...
O que tornam os mudras tão especiais e tão ímpar no subcontinente Indiano, é o desenvolvimento e a precisão científica que tem sido elaborada e praticada
Os mudras vem sendo utilizados desde os primeiros registros de história que existem, nas cerimônias religiosas juntos com os mantras, usados pelos sacerdotes Brahmins, na dança clássica indiana chamada Bharata Natyam (teatro da India). Aliás a belíssima dança indiana é composta de todo um complexo movimento que requer anos de prática pois evoca e manifesta princípios psico cósmicos ajudando o bailarino a canalizar determinadas energias e trasmiti-las aos espectadores.









A Energia fonte...
Assume muitas facetas e encontram nos mudras formas de manifestação, como analogia, podemos tomar as ondas de rádio, ou seja todas as ondas se originam de uma mesma fonte, mas podem ser usadas para a comunicação com uma série de canais de informação diferentes, que podemos acessar ajustando a frequência ao qual sintonizamos essas ondas.
A medida em que os praticamos nossos corpos tornam-se um microcosmo daquele aspecto do universo que o mudra evoca. Dentro da simbologia se estabelece na linguagem tântrica, onde se busca toda uma linguagem secreta usada para descrever e instruir sobre as práticas de tantra. Um exemplo é o conceito de polaridade, porque as correntes tem polo negativo e positivo. Estes polos são descritos através das divindades Shiva e Shakti, shiva representa a consciência pura e Shakti a energia da natureza, quando as duas juntam-se cria-se uma dança ininterrupta da consciência e da natureza.
Á medida que a prática de mudras se desenvolve descobrimos todo um envolvimento da prática junto com o ásana ou pranayama, pois é uma ciência completa e assim em conjunto trabalha canalizando energias e ativando potenciais as vezes desconhecidos na pessoa.
Mudras são executados de inumeras formas, dentro da Hata yoga algumas posturas são reconhecidas como mudras, ex: Viparita Karani mudra, pois a própria postura evoca um estado energético especial.
Porém toda a postura de yoga torna-se um mudra quando a vivenciamos profundamente a sua capacidade energética. Mas os mudras com as mãos são inigualáveis pois abrangem um vasto espectro de energias permitindo-nos a integrá-las em nossas práticas e a conectar ao universo de manifestação através da meditação, quanto mais praticamos mais sutilmente sentimos essa integração.




Na imagem Morpheus, personagem de Matrix, demonstra um gesto específico que lembra a pratica de mudra como Haquini mudra por ex... Haquini evoca um estado de confiança completa.






Viparita karani é um exemplo de mudra feito com o corpo todo.



















Os mudras como agentes curativos...
É possível que o posicionamento de nossas mão e dedos tenham efeitos tão surpreendentes assim nos diversos níveis (corporal, mental e espiritual).
Parte dessa resposta encontramos através da AYURVEDA, ciência da vida, pois através da exploração dos cinco elementos (terra,agua,fogo ar e espaço), que são energias em dimensões físicas dos nossos corpos, podemos criar conexões através dos canais sutis do corpo na qual chamamos "Nadis", que tem pontos terminais nos dedos das mãos em particular as pontas dos dedos onde as linhas de energia terminam são pontos fortes de conexão com as propriedades de cada elemento.












Amo os mudras, como praticante e estudiosa digo que sempre existe muito a dizer sobre eles, no próximo retomarei o assunto falando de outras facetas dessa linguagem ao mesmo tempo tão Universal e tão única.
"NAMASTÊ"!!!
Jane.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Um novo ponto de vista!!!!


Eu ainda lembro o dia em que iniciei a dar o meu primeiro passo na yoga. Eu pouco sabia a respeito, mas lembro do que me levou até a primeira aula. Gosto de desenhar desde pequena, sempre gostei é um dom que nasceu comigo, lembro que passava horas vivendo em um mundo a parte de cores e tons, desenhos de dança e bailarina, outra de minhas paixões, quando eu tinha dezessete anos duas coisas me aconteceram conheci meu amor e comecei a trabalhar no que eu mais amava: "Desenho". No meu caso transferi essa paixão do desenho para a moda e trabalhei durante três anos em uma loja atelier na cidade em que morava, isso até me casar três anos depois e me mudar para outra cidade deixando também meu emprego para traz. Eu engravidei, tive meu filho e é bem verdade que nessa época não senti vontade de fazer outra coisa que não fosse ser apenas mãe, deixando para traz desenhos, moda e tudo mais... Nessa época ocorreu-me um "sonho" muito lúcido que tive em que uma "pessoa" disse-me existir na Índia um presente para mim. Acordei querendo ir para a índia rsrs... Mas o tempo foi passando e eu nunca esqueci esse sonho. Tempos depois fui trabalhar como designer de calçados, uma outra forma de expressar minha arte. Mas devo admitir que nunca fui feliz nesta área, pois nunca fui do tipo "competitiva", e essa sempre foi uma exigência básica da área. Trabalhei com pessoas boas mas foi nesse ramo que também conheci as pessoas mais egoístas e estressadas que você pode imaginar. Acabei ficando um pouco doente também por isso, tive L.e.r (lesão de esforço repetitivo) ataques de ansiedade com restrição do músculo externo e ataques digestivos (gastrite). UM dia convidada por um amigo, comecei a experimentar aulas de tai chi, uma técnica filosófica de origem chinesa que também exige postura, concentração... Encantei-me pois tudo começou a mudar apartir daí. Logo depois tive minha primeira aula de yoga com uma amiga, então foi amor a primeira vista, desde a primeira aula pedi que ela me desse alguma referencia de leitura a respeito o que ela fez é lógico com muito carinho. Um dia li em um livro sobre o significado da "Dança de Shiva" e a simbologia das eternas transformações do universo, incluindo é claro o nosso próprio,no livro "Sabedoria Incomum" do Cappra. Acho que naquele instante tive o que os místicos chamam de "Insight", pois me imaginei dando aula de yoga. Larguei a moda de vez, tive que fazer isso sem olhar para traz, e depois da "força" do meu querido amigo Ademir, parti para meu primeiro curso de formação lá no centro Montanha Encantada. E então contando com o respeito e "aquela força" de quem amo venho dando o que ainda chamo de primeiros passos dentro da yoga. Para mim, a yoga e seu conhecimento é infinito como a busca pela sabedoria também o é. Ela está além do seu tapetinho, entra na sua vida diária como o alimento que você ingere. Em 2008 tive a oportunidade de conhecer uma pessoa incrível pessoalmente que foi o professor Hermógenes, aliás seus livro Auto perfeição com Hata yoga e yoga para nervosos foram os pioneiros em minha busca . A yoga proporcionou -me uma visão mais ampla sobre a vida e as coisas, não direi a você que hoje não existem problemas, que ah!!! Eu sou a pessoa mais Zen do mundo... Bem, nem sempre é assim, ainda existem dificuldades, barreiras e muitas outras "toxidades" mentais e físicas a me serem trabalhadas. Mas a diferença é que hoje eu conheço as ferramentas necessárias, hoje eu conheço as "coisas, circunstâncias e emoções atreladas responsáveis aos estresses e situações pela qual posso passar. Hoje eu entendo o conceito do "presente" que recebi da India. Como praticante me tornei mais aberta a todo o aprendizado e busca pelo conhecimento, como professora com a responsabilidade de não deixar que a yoga se torne como se tornou meu sonho de "Artista", em apenas mais um produto ou coisa da moda. Como pessoa, agradeço a Deus por ter estado do outro lado e ter aprendido a diferença entre o que é vulgar e o que é para sempre. Hoje a yoga também é minha arte, ela é meu café, o abraço em quem amo, a saudade que sinto quem está distante a alegria de encontrar meus queridos, é minha leitura, minha poesia, meu pensamento, meu corpo e minha constante oração...Que sintetizarei nessa frase do grande professor Hermógenes:
Entrego, confio, aceito e agradeço.


Namastê queridos companheiros de viagem.
Jane Hefler.
Uma eterna aprendiz...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mundos infinitos...(RUMI).

cada instante a voz do amor nos circunda e partimos em direção ao céu profundo Por que deter-se a olhar ao redor? Já estivemos antes por esses espaços e até os anjos os reconhecem Retornemos ao mestre, que é lá nosso lugar Estamos acima das esferas celestes, somos superiores aos próprios anjos Além da dualidade nossa meta é a glória suprema Quão distante está o mundo terreno do reino da pura substância? Por que descemos tanto? Apanhemos nossas coisas e subamos mais uma vez Sorte não nos faltará ao entregarmos de novo nossas almas Nossa caravana tem por guia Mustafá, a glória do mundo Ao contemplar sua face a lua partiu-se em dois pedaços Não pôde suportar tanta beleza e fez-se feliz mendicante frente àquela riqueza A doçura que o vento nos traz é o perfume de seus cabelos A face que traz consigo a luz do dia reflete o brilho de seus pensamentos Olha bem dentro de teu coração e vê a lua que se despedaça Por que teus olhos ainda fogem dessa visão maravilhosa? O homem emerge do oceano da alma como os pássaros do mar Como há de ser terra seca o lugar do descanso final de uma ave nascida nesse mar? Somos pérolas desse oceano. A ele pertencemos. Cada um de nós. Seguimos o movimento das ondas que se arrastam até a terra e então retornam ao mar E eis que surge a última onda e arremessa o navio do corpo à terra E quando essa onda regressa naufraga a alma em seu oceano E este é o momento da união.


NAMASTÊ!!!
Jane Hefler.